Adolescentes recebem diploma de curso profissionalizante e opinam sobre violência sexual

Os adolescentes têm direito a participar e serem ouvidos em todas as questões lhes dizem respeito e os adolescentes têm direito à profissionalização e à inserção no mundo do trabalho com dignidade. É por causa desses dois direitos fundamentais que esta semana as adolescentes que fazem parte do projeto Trilhas, do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca-Emaús) conseguiram duas conquistas importantíssimas para sua vida pessoal e profissional.

Na semana passada, elas participaram na construção do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, documento que vai embasar todas as ações do governo do Estado e da sociedade civil na repressão aos  crimes sexuais e promoção da dignidade sexual de crianças e adolescentes. Do grupo de 30 adolescentes, oito participaram do encontro.  “Eu gostei muito da experiência. Me senti importante participando dos grupos de trabalho e dando minha opinião. Isso é inédito”, disse Elvira Pinheiro Leão, de 15 anos.

Na mesma semana,   26 adolescentes do projeto receberam o certificado de conclusão de curso profissionalizante, sendo 21 em informática básica e quatro em manicure.

Depois de fazer uma oficina de currículo, as meninas já estão se lançando no mercado. Lindaine Silva, de 17 anos, já está trabalhando como aprendiz em um salão de beleza de Belém. “Por enquanto, eu apenas ajudo, mas já está sendo uma experiência muito boa e a dona já prometeu me contratar”, disse Lindaine, que ajuda a família com a renda que já está recebendo.